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Olá amigos!

Acreditamos que há uma outra história da humanidade a ser contada. A maioria dos posts baseiam-se nos estudos dos meus autores preferidos.

Cito alguns: Zacharia Sitchin, J. J. Benitez, Robert Bauval, Graham Hancock, Erich Von Daniken, entre outros.

Com o desaparecimento da biblioteca de Alexandria uma grande parte da nossa história foi perdida, mas com a descoberta da biblioteca do rei assírio Assurbanipal, parte dela foi recuperada para nos trazer um pouco mais de luz sobre a historia da humanidade. Mais info aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca_de_Ninive

VXCarmo

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

O GÊNESIS REINTERPRETADO



Em 1849 o arqueólogo Henry Layard encontrou na antiga capital dos assírios Nínive, na colina de Kuiundjik, o palácio de Assurbanipal (884-859 a.C.), que abrigava uma biblioteca composta de milhares de volumes, os quais constituem a chave para a compreensão de toda a civilização assírio-babilônica. Seus volumes englobavam toda a sabedoria do seu tempo: Ocultismo – filosofia – astronomia – listas dos reis – relatos históricos – literatura poética – canções e hinos sagrados. Composta na sua maioria de cópias dos originais babilônicos muito mais antigos.

Um tesouro de valor incalculável que, devidamente acondicionado, partiu para a longa viagem de Nínive á Inglaterra e ao Museu Britânico. O seu valor, porém, só foi revelado decênios mais tarde, quando se tornou possível decifrar os textos. 

Na época, não havia ninguém no mundo que soubesse lê-los. Malgrado todos os esforços, as tabuinhas permaneciam mudas. Pouco antes de 1900, nas sóbrias salas do Museu Britânico, os velhos textos começaram a narrar de novo, após uma pausa de dois mil e quinhentos anos, um dos mais belos poemas do antigo Oriente, a cantar pela primeira vez para os assiriólogos a epopéia de Gilgamesh, o rei de Uruk meio deus, meio homem.

Está escrito em acádico, a linguagem diplomática da época do rei Assurbanipal, esta placa é uma cópia daquela que se encontrava na biblioteca da Babilônia no tempo do grande rei Hamurabi. Na epopéia original, um clássico da literatura suméria, esculpido há 5 mil anos, lemos a história de Ziusudra, um herói que sobrevive a uma enorme enchente graças a sua devoção ao deus Enki. 

Esta Divindade teria decidido destruir a humanidade, mas poupado o seu eleito e o aconselhou a levar consigo as sementes de todos os seres vivos. Ziusudra esperou sete dias, até soltar uma andorinha, um pombo e um corvo para verificar se a água já havia baixado. Mil anos depois, esta lenda sumeriana ressurgiria em um mito da Babilônia, a epopéia de Gilgamesh, relato da vida de um rei sumério que governava a cidade de Uruk. 

Neste relato, idêntico ao anterior, o personagem Ziusudra reaparece como Utnapishtim, o deus Enki como Ea. Qualquer semelhança entre os relatos mesopotâmicos com o do Gênesis não é considerado mera coincidência pelos estudiosos.

A epopéia de Gilgamesh pertence aos tesouros culturais de todas as grandes nações do antigo Oriente. Sem dúvida a redação original desta narração, o mundo deve aos sumérios, cujo povo erigiu a primitiva Ur. Gilgamesh, diz a inscrição cuneiforme da tabuinha XI da Biblioteca de Nínive, está decidido a assegurar sua imortalidade e empreende uma longa e aventurosa viagem a fim de encontrar seu antepassado Utnapishti, do qual espera saber o mistério da imortalidade, que os deuses lhe conferiram. Chegando a ilha onde vive Utnapishti, Gilgamesh interroga-o sobre o mistério da vida e este conta-lhe que viva em Shuruppak e era um fiel adorador do deus Ea.

Quando os deuses tomaram a resolução de exterminar a humanidade por meio de uma inundação, Ea avisou-lhe dando a seguinte ordem:

“Homem de Shuruppak: destrói tua casa e constrói um navio. Abandona as riquezas despreza os bens e salva a vida! Introduza toda sorte de semente de vida no navio que deves construir, as medidas devem ser bem tomadas”.

A fim de facilitar a comparação entre a narração bíblica com Noé e a de Gilgamesh com Utnapishti examine o Gênesis (capítulo 6 até 8:21;). Segue a narração babilônica:

“No quinto dia tracei sua forma., sua base media doze Iku (três mil e quinhentos metros quadrados).
Suas paredes mediam dez gar de altura cada uma (seis metros).
Dei-lhe seis andares. Joguei no forno seis sar (medida desconhecida) de breu.
Tudo que eu tinha carreguei e toda a sorte de semente de vida.
Coloquei no navio toda a minha família e parentela.
Toda cólera de Adad chega até o céu, toda a claridade se transforma em escuridão.
Seis dias e seis noites sopra o vento, o dilúvio, a tempestade do sul assola a Terra.
Quando chegou a sétimo dia, a tempestade do sul, o dilúvio, foi abatida.
O mar se acalma e fica imóvel, e toda a humanidade se transforma em lodo.
Abri o respiradouro e a luz caiu no meu rosto. O navio pousou no monte Nisir.
O monte Nisir prendeu o navio e não o deixou flutuar.’

Os babilônios, assírios, hititas e os egípcios, leram e contaram esta história uns aos outros. 



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