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Olá amigos!

Acreditamos que há uma outra história da humanidade a ser contada. A maioria dos posts baseiam-se nos estudos dos meus autores preferidos.

Cito alguns: Zacharia Sitchin, J. J. Benitez, Robert Bauval, Graham Hancock, Erich Von Daniken, entre outros.

Com o desaparecimento da biblioteca de Alexandria uma grande parte da nossa história foi perdida, mas com a descoberta da biblioteca do rei assírio Assurbanipal, parte dela foi recuperada para nos trazer um pouco mais de luz sobre a historia da humanidade. Mais info aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca_de_Ninive

VXCarmo

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

NATAL: DO PAGANISMO AO CRISTIANISMO

        
       
       Nos últimos 1.700 anos, uma significante porção do mundo ocidental tem celebrado o dia 25 de Dezembro como o dia do nascimento do Filho de Deus e Salvador Jesus Cristo. Milhares de imagens tem sido criadas, bem como canções, poemas e outras obras artísticas apresentando o menino Jesus numa manjedoura rodeado por animais com a Virgem Maria, José, anjos e os três reis magos  olhando maravilhados o luminoso infante. Estas imagens ficaram gravadas na nossa mente como o cenário do primeiro Natal. Mas são verdadeiras?
       A tradição que colocou o  Natal em 25 de Dezembro, como a data em que teria nascido Jesus Cristo, a principal figura do Novo Testamento, que é aclamada por bilhões de pessoas no mundo como Deus encarnado que veio para salvar a humanidade dos seus pecados, remonta ao III século da era cristã. Naquela época o pai a igreja Cipriano escreveu: 
Oh, quão maravilhosa providência que permitiu que no dia em que o Sol nasceu...Cristo também nascesse. (De pasch. Comp., xix):
       O nascimento do Salvador dos cristãos foi calculadamente colocado no solstício de inverno.  O que muitos não sabem é que o seu nascimento já tinha sido celebrado em muitas datas diferentes: dia 5 de janeiro, 25 de março, 19 de abril, 20 de maio, 21 de agosto, 17 de novembro etc.
      A data de 25 de dezembro como aniversário de Jesus começou a ser fixada num calendário ou cronologia em 354 d. C. chamado de calendário de Filocalus ou Philocalian.  Além de listar o dia 25 de dezembro como o “Natalis Invicti” (natal invencível), o calendário também nomeia o dia  como o dia  do “natus Christus in Betleem Iudeae (nascimento de Cristo em Belém da Judéia). Desde então podemos ver que as pessoas do quarto século estavam convictas desta identificação de Jesus com o sol,  como diz o Velho Testamento: 
“[...]o sol da justiça nascerá com a cura nas suas asas.” Malaquias 4:2;
      Hoje sabemos que a data 25 de dezembro representa não o nascimento de um Salvador histórico chamado Jesus Cristo, mas sim a data do solstício de inverno no hemisfério norte, quando o dia começa a ficar mais longo que a noite e é dito que o sol nasce novamente, renovado e ressurreto. Assim a data do nascimento de Jesus foi colocada propositalmente no dia de uma festa muito celebrada e reverenciada por todos os povos, o festival  do solstício de inverno. Por exemplo: no dia 21 de dezembro os japoneses celebram a deusa Amaterasu que sai da sua gruta, uma clara alusão ao nascimento o sol. 
      É digno de nota o festival egípcio que ocorria no dia 22 de dezembro pelo  calendário da deusa Hathor, onde o deus bebê Sokar aparece como o menino Jesus. As celebrações do solstício de inverno eram tão importantes que prosseguiam por dois ou três dias do calendário gregoriano, a exemplo damos as celebrações da  Saturnália que começava em 17 de dezembro e terminava no dia 23.  
       O deus grego ligado ao sol e ao vinho, Dionisius, era  originalmente celebrado   por romanos e gregos antes da era cristã na data do solstício de inverno. Em 275 d. C. o dia 25 de  dezembro foi formalizado pelo emperador  Aureliano como o dia do nascimento do Sol Invencivel, e combinou a festa  do deus grego Hélio  com a Saturnália dos romanos, celebrações realizadas na época do solstício de inverno. 
Quão Antigas São As Celebrações Natalinas?
       As marcantes celebrações relacionadas aos Mistérios de Osíris, que começavam no dia 14 de dezembro e terminavam com sua ressurreição no dia 26 de dezembro, seguiam o padrão das festividades ligadas ao solstício de inverno, como a Saturnália e o festival de Natal. Este período incluía várias festividades que tem a ver com a paixão, morte e ressurreição de Osíris.  
      Num lugar chamado Newgrange, Ireland, encontramos esta tumba de aproximadamente 3.200 a.C., ela traz uma série de símbolos solares em forma de espiral que nos falam das celebrações relacionadas ao solstício de inverno na antiguidade. A cerimônia celebrada ali, como em muitos outros lugares sagrados por povos pré-cristãos nos falam de uma celebração de 5.000 anos que representam a ressurreição da vida ou renascimento do sol no dia 25 de Dezembro. 

      
      Assim entendemos que o solstício de inverno era um fator de celebração muito importante nas culturas antigas, principalmente para aquelas  que viviam sob baixas temperaturas no hemisfério norte que ansiosamente esperavam o retorno do sol para ver de novo a vida renascer. O Natal é, portanto, uma celebração muito antiga antecedendo a era cristã por  milênios.
By D. M. Murdock (Traduzido por W.X.)

Bibliografia

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Egyptology Online Resources. aegyptologie.online
resourcen.de/Date_Converter_for_Ancient_Egypt/Roman-Emperors

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Graves, Robert. The White Goddess. New York: Farrar, Strauss and Giroux, 1966.

Mettinger, Tryggve N.D. The Riddle of Resurrection: "Dying and Rising Gods" in the Ancient Near East. Stockholm: Almqvist & Wiksell Internat., 2001.

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