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Acreditamos que há uma outra história da humanidade a ser contada. A maioria dos posts baseiam-se nos estudos dos meus autores preferidos.

Cito alguns: Zacharia Sitchin, J. J. Benitez, Robert Bauval, Graham Hancock, Erich Von Daniken, entre outros.

Com o desaparecimento da biblioteca de Alexandria uma grande parte da nossa história foi perdida, mas com a descoberta da biblioteca do rei assírio Assurbanipal, parte dela foi recuperada para nos trazer um pouco mais de luz sobre a historia da humanidade. Mais info aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca_de_Ninive

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terça-feira, 19 de junho de 2012

Origem Mística do Símbolo da Medicina.


Estes símbolos, conhecidos como caduceu ou bastão de Asclépio e Hermes (caduceus, em latim, é a tradução do grego kherykeion, bastão dos arautos). Os romanos utilizavam o caduceu como símbolo do equilíbrio moral e da boa conduta: o bastão expressa o poder; as duas serpentes, a sabedoria; as asas, a diligência; o elmo é emblemático de pensamentos elevados. 

Símbolo de Asclépio              Símbolo de Hermes

Ambos os símbolos têm sua origem na mitologia grega; o de Asclépio, deus da medicina, é o símbolo da tradição médica; o de Hermes, deus do comércio, dos viajantes e das estradas, foi introduzido tardiamente na simbologia médica.
Asclépio – mitologia grega
Na mitologia grega, Asclépio é filho de Apolo e da ninfa Coronis. Foi criado pelo centauro Quiron, que lhe ensinou o uso de plantas medicinais.

Tornou-se um médico famoso e, segundo a lenda, além de curar os doentes que o procuravam, passou a ressuscitar os que ele já encontrava mortos, ultrapassando os limites da medicina. Foi por isso fulminado com um raio por Zeus. Após a sua morte, foi cultuado como deus da medicina, tanto na Grécia, como no Império Romano

Com a conquista da Grécia pelos romanos, estes assimilaram os deuses da mitologia grega, trocando-lhes os nomes: Asclépio passou a chamar-se Esculápio e Hermes, Mercúrio. Hermes, na mitologia grega é irmão de Apolo do qual recebeu o caduceu.

Em várias esculturas procedentes dos templos  de Asclépio greco-romanos, o deus da medicina é sempre representado segurando um bastão com uma serpente em volta, o qual se tornou o símbolo da medicina.

Não há unanimidade de opiniões entre os historiadores da medicina sobre o simbolismo do bastão e da serpente. As seguintes interpretações têm sido admitidas: 

Em relação ao bastão:  

Árvore da vida, com o seu ciclo de morte e renascimento;
Símbolo do poder, como o cetro dos reis e o báculo dos bispos;
Símbolo da magia, como a vara de Moisés;
Apoio para as caminhadas, como o cajado dos pastores.

Em relação à serpente:



Símbolo do bem e do mal, portanto da saúde e da doença;
Símbolo da astúcia e da sagacidade;
Símbolo do poder de rejuvenescimento, pela troca periódica da pele;
As serpentes não venenosas eram preservadas nos lares e nos templos da Grécia, não só por seu significado místico como pelo seu fim utilitário, já que devoravam os ratos.

Hermes tinha a capacidade de deslocar-se com a velocidade do pensamento e por isso tornou-se o mensageiro dos deuses do Olimpo e o deus dos viajantes e das estradas. Como o comércio na antiguidade era do tipo ambulante e se fazia especialmente através dos viajantes, Hermes foi consagrado como o deus do comércio.
No intercâmbio da civilização grega com a egípcia, o deus Thoth da mitologia egípcia foi assimilado à Hermes e desse sincretismo, resultou a denominação de Hermes egípcio ou Hermes Trismegistos (três vezes grande), dada ao deus Thoth, considerado o deus do conhecimento, da palavra e da magia. No panteão egípcio, o deus da medicina correspondente a Asclépio é Imhotep e não Thot. 

Entre o século III a.C. e o século III d.C. desenvolveu-se uma literatura esotérica chamada hermética, em alusão a HermesTrismegistos. Esta literatura versa sobre ciências ocultas, astrologia e alquimia, e não tem qualquer relação com o Hermes tradicional da mitologia grega. O sincretismo entre Hermes da mitologia grega com Hermes Trismegistus resultou no emprego do caduceu como símbolo deste último, tendo sido adotado como símbolo da alquimia. Segundo Schouten, da alquimia o caduceu teria passado para a farmácia e desta para a medicina. 
 
Um terceiro fato a que se atribui a confusão entre o bastão de Asclépio e o caduceu de Hermes se deve à iniciativa de um editor suíço de grande prestígio, Johan Froebe, no século XVI, ter adotado para a sua editora um logotipo semelhante ao caduceu de Hermes e o ter utilizado no frontispício de obras clássicas de medicina, como as de Hipócrates e Aetius de Amida. Outros editores na Inglaterra e, posteriormente, nos Estados Unidos, utilizaram emblemas similares, contribuindo para a difusão do caduceu.

Admite-se que a intenção dos editores tenha sido a de usar um símbolo identificado com a transmissão de mensagens, já que Hermes era o mensageiro do Olimpo. Com a invenção da imprensa por Gutenberg, a informação passou a ser transmitida por meio da palavra impressa, e eles, os editores, seriam os mensageiros dos autores. 

Outra hipótese é de que o caduceu tenha sido usado equivocadamente como símbolo de Hermes Trimegistos, o Hermes egípcio ou Thot, deus da palavra e do conhecimento, a quem também se atribuía a invenção da escrita. Em antigas prensas utilizadas para impressão tipográfica encontra-se o caduceu de Hermes como figura decorativa.
Ilustração dos sumérios do deus Enki criando a vida. A imagem lembra muito o espiral do DNA.
A antiguidade do símbolo é muito grande e encontra-se na Índia, gravado nas lápides de pedra denominadas nagakals. Erich Zimmer deriva o caduceu da Mesopotâmia, onde pode ser visto na taça sacrificial do rei Gudea de Lagash (2.600 a.C.).

Apesar da longínqua data, o autor mencionado diz que o símbolo é provavelmente anterior, considerando os mesopotâmicos as duas serpentes entrelaçadas como símbolo do deus que cura as enfermidades, sentido que passou à Grécia e aos emblemas de nossos dias.

Serpentes e asas, ratificam o estado supremo de força e autodomínio (e consequentemente de saúde). No plano inferior (serpentes, instintos) e no superior (asas, espírito).  Na  antiguidade,  gregos e outros, lhe atribuíam poderes mágico. Há lendas que se referem à transformação em ouro de tudo o que era tocado pelo caduceu de Hermes (grego), o Mercúrio dos romanos.

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