Estes símbolos, conhecidos
como caduceu ou bastão de Asclépio e Hermes (caduceus, em latim, é a tradução do grego kherykeion, bastão dos arautos). Os
romanos utilizavam o caduceu como símbolo do equilíbrio moral e da boa conduta:
o bastão expressa o poder; as duas serpentes, a sabedoria; as asas, a
diligência; o elmo é emblemático de pensamentos elevados.
Ambos os símbolos têm sua origem na
mitologia grega; o de Asclépio, deus da medicina, é o símbolo da tradição
médica; o de Hermes, deus do comércio, dos viajantes e das estradas, foi
introduzido tardiamente na simbologia médica.
Símbolo de Asclépio Símbolo de Hermes
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Asclépio – mitologia grega
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Na mitologia grega, Asclépio é filho de Apolo e da ninfa
Coronis. Foi criado pelo centauro Quiron, que lhe ensinou o uso de plantas
medicinais.
Tornou-se um médico famoso e, segundo a lenda, além de curar os doentes que o procuravam, passou a ressuscitar os que ele já encontrava mortos, ultrapassando os limites da medicina. Foi por isso fulminado com um raio por Zeus. Após a sua morte, foi cultuado como deus da medicina, tanto na Grécia, como no Império Romano
Com a conquista da Grécia pelos romanos, estes assimilaram os deuses da mitologia grega, trocando-lhes os nomes: Asclépio passou a chamar-se Esculápio e Hermes, Mercúrio. Hermes, na mitologia grega é irmão de Apolo do qual recebeu o caduceu.
Em várias esculturas procedentes dos templos de Asclépio greco-romanos, o deus da medicina é sempre representado segurando um bastão com uma serpente em volta, o qual se tornou o símbolo da medicina.
Tornou-se um médico famoso e, segundo a lenda, além de curar os doentes que o procuravam, passou a ressuscitar os que ele já encontrava mortos, ultrapassando os limites da medicina. Foi por isso fulminado com um raio por Zeus. Após a sua morte, foi cultuado como deus da medicina, tanto na Grécia, como no Império Romano
Com a conquista da Grécia pelos romanos, estes assimilaram os deuses da mitologia grega, trocando-lhes os nomes: Asclépio passou a chamar-se Esculápio e Hermes, Mercúrio. Hermes, na mitologia grega é irmão de Apolo do qual recebeu o caduceu.
Em várias esculturas procedentes dos templos de Asclépio greco-romanos, o deus da medicina é sempre representado segurando um bastão com uma serpente em volta, o qual se tornou o símbolo da medicina.
Em relação ao bastão:
Árvore da vida, com o seu ciclo de morte e renascimento;
Símbolo do poder, como o cetro dos reis e o báculo dos bispos;
Símbolo da magia, como a vara de Moisés;
Apoio para as caminhadas, como o cajado dos pastores.
Em relação à serpente:
Símbolo do bem e do mal, portanto da saúde e da doença;
Símbolo da astúcia e da sagacidade;
Símbolo do poder de rejuvenescimento, pela troca periódica da pele;
As serpentes não venenosas eram preservadas nos lares e nos templos da Grécia, não só por seu significado místico como pelo seu fim utilitário, já que devoravam os ratos.
Símbolo da astúcia e da sagacidade;
Símbolo do poder de rejuvenescimento, pela troca periódica da pele;
As serpentes não venenosas eram preservadas nos lares e nos templos da Grécia, não só por seu significado místico como pelo seu fim utilitário, já que devoravam os ratos.
Hermes tinha a capacidade de deslocar-se com a velocidade do pensamento e por isso tornou-se o mensageiro dos deuses do Olimpo e o deus dos viajantes e das estradas. Como o comércio na antiguidade era do tipo ambulante e se fazia especialmente através dos viajantes, Hermes foi consagrado como o deus do comércio.
No
intercâmbio da civilização grega com a egípcia, o deus Thoth da mitologia
egípcia foi assimilado à Hermes e desse sincretismo, resultou a denominação de
Hermes egípcio ou Hermes Trismegistos (três vezes grande), dada ao deus
Thoth, considerado o deus do conhecimento, da palavra e da magia. No panteão
egípcio, o deus da medicina correspondente a Asclépio é Imhotep e não Thot.
Entre
o século III a.C. e o século III d.C. desenvolveu-se uma literatura esotérica
chamada hermética, em alusão a HermesTrismegistos. Esta literatura versa
sobre ciências ocultas, astrologia e alquimia, e não tem qualquer relação com o
Hermes tradicional da mitologia grega. O sincretismo entre Hermes da mitologia
grega com Hermes Trismegistus resultou no emprego do caduceu como símbolo deste
último, tendo sido adotado como símbolo da alquimia. Segundo Schouten, da
alquimia o caduceu teria passado para a farmácia e desta para a medicina.
Um
terceiro fato a que se atribui a confusão entre o bastão de Asclépio e o
caduceu de Hermes se deve à iniciativa de um editor suíço de grande prestígio,
Johan Froebe, no século XVI, ter adotado para a sua editora um logotipo
semelhante ao caduceu de Hermes e o ter utilizado no frontispício de obras
clássicas de medicina, como as de Hipócrates e Aetius de Amida. Outros editores
na Inglaterra e, posteriormente, nos Estados Unidos, utilizaram emblemas
similares, contribuindo para a difusão do caduceu.
Admite-se
que a intenção dos editores tenha sido a de usar um símbolo identificado com a
transmissão de mensagens, já que Hermes era o mensageiro do Olimpo. Com a
invenção da imprensa por Gutenberg, a informação passou a ser transmitida por
meio da palavra impressa, e eles, os editores, seriam os mensageiros dos
autores.
Outra hipótese é de que o caduceu tenha sido usado equivocadamente
como símbolo de Hermes Trimegistos, o Hermes egípcio ou Thot, deus da palavra e
do conhecimento, a quem também se atribuía a invenção da escrita. Em antigas
prensas utilizadas para impressão tipográfica encontra-se o caduceu de Hermes
como figura decorativa.
Ilustração dos sumérios do deus Enki criando a vida. A imagem lembra muito o espiral do DNA. |
Apesar da longínqua data, o autor mencionado diz que o
símbolo é provavelmente anterior, considerando os mesopotâmicos as duas
serpentes entrelaçadas como símbolo do deus que cura as enfermidades, sentido
que passou à Grécia e aos emblemas de nossos dias.
Serpentes e asas, ratificam o estado supremo de força e
autodomínio (e consequentemente de saúde). No plano inferior (serpentes,
instintos) e no superior (asas, espírito). Na antiguidade,
gregos e outros, lhe atribuíam poderes mágico. Há lendas que se referem
à transformação em ouro de tudo o que era tocado pelo caduceu de Hermes (grego),
o Mercúrio dos romanos.
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