Meteoros e Meteoritos
Meteoro ou estrela cadente é o fenômeno luminoso que
ocorre na atmosfera terrestre, proveniente do atrito de um corpo
sólido, oriundo do espaço, com os gases da atmosfera terrestre. Os
bólidos ou bolas de fogo são os meteoros muito luminosos de brilho igual
ou superior ao dos planetas mais brilhantes. O corpo sólido que se move
no espaço exterior, de tamanho inferior ao de um asteróide, em geral da
ordem de um miligrama a alguns quilogramas, denomina-se meteoróide. Se
sua dimensão é inferior a 1 mm de diâmetro (que é o mais baixo de limite
visual), emprega-se a denominação de micrometeoróide. As partículas
oriundas dos meteoros ou meteoritos, de dimensões inferiores ao
micrometeoróide, são as poeiras meteóricas ou meteoríticas.
Os meteoróides, ao penetrarem na atmosfera, dão
origem aos meteoros que, ao atingirem a superfície terrestre, recebem o
nome de meteoritos. A vaporização dos meteoróides na atmosfera dá origem
a um rastro luminoso e ionizado, de curta ou longa duração,
respectivamente, denominado esteira ou rastro persistente.
Em certas épocas do ano observa-se maior incidência
de meteoros; tal fenômeno é o que se denomina chuva de meteoros ou
estrelas cadentes. Recebem o nome da constelação da qual parecem
originar-se. Os meteoros não associados a nenhuma chuva chamam-se
meteoros esporádicos.
Os meteoritos constituem enormes massas de matéria
sólida que ao penetrar em nossa atmosfera se consomem total ou
parcialmente antes de atingir eventualmente o solo. O fenômeno luminoso
que surge associado ao meteorito é às vezes acompanhado de explosões e
ruídos semelhantes a uma trovoada muito afastada. Os meteoritos pesando
mais de duas toneladas, são felizmente pouco freqüentes. Os meteoritos
recebem o nome da cidade ou localidade na qual foi encontrado.
São inúmeros os bólidos que ao se chocarem com a
Terra, produziram enormes crateras meteoríticas. Uma das mais célebres
se encontra no Arizona, EUA - mede 1267 m de diâmetro e sua profundidade
ultrapassa 180 m. Em 30 de junho de 1908, um enorme meteorito caiu na
Sibéria. Seus inúmeros fragmentos cavaram mais de duzentas crateras e a
explosão devastou a floresta, num raio de 100 km. Segundo cálculos
astrofísicos, esse imenso bólido teria uma massa de aproximadamente 40
mil toneladas. Duas são as principais espécies de crateras meteoríticas:
as crateras de explosão e as de impacto.
As crateras de explosão são de grandes dimensões: de 100 metros a vários quilômetros de diâmetro.
Quando o grande meteoro produz a cratera, ele se
desfaz completamente no instante do choque, distribuindo fragmentos por
toda a vizinhança da cratera.
As crateras de impacto são menores e raramente,
atingem diâmetros superiores a 100 metros. O fundo dessas crateras não é
pulverizado. Um terceiro tipo de cratera é um modelo intermediário,
resultante da fragmentação do meteoróide em meteoritos diferentes em
suas dimensões.
Texto retirado do livro "Explicando o cosmos" de Ronaldo Rogério de Freitas Mourão.
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