Robert
Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as pirâmides de Gizé (Keopsm Kefren e Mikerinus).
Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro THE ORION
MYSTERY, editado pela Heinemann.
Eles também fizeram um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e intrigante luz sobre o assunto.
Os
pontos de vista expressados no livro e no documentário foram
inicialmente desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as
evidências foram reforçando sua teoria, mais e mais gente a foi
aceitando.
Bauval foi o primeiro a notar que o
alinhamento das três pirâmides era uma acurada imagem espelhada das Três
Marias, como são chamadas no Brasil as estrelas Alnitak, Alnilam e
Mintaka, que formam o "cinturão" de Órion.
A isso ele deu o nome de Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal de sua pesquisa.
Veja as imagens sobrepostas:
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert Bauval. Ele
é um engenheiro egípcio, filho de pais belgas, nascido em
Al-Iskandariyaa (Alexandria), e passou a maior parte da sua vida
trabalhando no Oriente Médio. Por muitos anos ponderou sobre o significado de Sah, a constelação de Órion e sua ligação com as pirâmides.
Bauval sabia que a aparentemente inconsistente disposição das três pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto
trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num
desses finais de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que
também era astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se
levantava atrás das dunas. Ele mencionou de passagem que as estrelas
que formam o cinturão do caçador pareciam imperfeitamente alinhadas, e
não formavam uma diagonal reta. Mintaka, a estrela mais à direita, está ligeiramente fora do prumo. Enquanto o amigo explicava, Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das três estrelas correspondia perfeitamente ao das pirâmides de Gizé !
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450 A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O
programa Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas celestes
que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as evidências para a sua
teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da mesma forma
que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na mesma proporção em que
Gizé está para o Nilo.
CURIOSIDADES
As
pirâmides de Gizé têm estimulado a imaginação humana. Quando foi
erguida, a Grande Pirâmide tinha 145,75 m de altura (com o passar do
tempo, perdeu 10 metros do seu cume). O ângulo de inclinação dos seus
lados é de 54º54'. Sua base é um quadrado com 229 m de lado. Mas,
apesar desse tamanho todo, é um quadrado quase perfeito - o maior erro
entre o comprimento de cada lado não passa de 0,1%, algo em torno de 2
cm, o que é incrivelmente pequeno. A estrutura consiste em mais de 2 milhões de blocos de pedra, cada um pesando de duas a 20 toneladas.
Na
face norte fica a entrada da pirâmide. Um número de corredores e
galerias leva ao que seria a câmara mortuária do rei, localizada no
"coração" da estrutura. O sarcófago é de granito preto e também está
orientado com as direções da bússola. Surpreendentemente, o sarcófago é maior do que a entrada da câmara. Só
pode ter sido colocado lá enquanto a construção progredia, um fato que
evidencia a complexidade do projeto e como tudo foi cuidadosamente
calculado.
São cálculos assombrosos. Por
exemplo, se você tomar o perímetro da pirâmide e dividi-lo por duas
vezes a sua altura, chegará ao número pi (3,14159...) até o décimo
quinto dígito. As chances de esse fenômeno ocorrer por acaso são quase nulas. Até o século 6 d.C., o pi havia sido calculado só até o quarto dígito.
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