Judeus sefarditas (península ibérica) foram perseguidos e expulsos inicialmente da Espanha a partir de 1492, por conta da inquisição espanhola.
O rei de Portugal, D. Manuel, que havia garantido proteção, determinou a expulsão de todos os judeus sefarditas que não se convertessem ao catolicismo. Isso a partir de 1496, período que perdurou entre o séculos XV e início do século XVI. Os que se converteram ao catolicismo ficaram conhecidos como cristãos-novos.
1502 - O Rei D. Manoel recebe de um grupo de judeus dirigido por Fernando de Noronha uma proposta de arrendamento para a exploração da nova colônia.
1516- Alguns judeus imigram ao Brasil a fim de ajudar na construção de um engenho de açúcar.
1530- D. João III nomeia Martim Afonso de Souza comandante de uma armada, que percorreria todo o litoral brasileiro em dois anos. Nos dois centros em que se concentrou (Bahia/ Recife e Rio de Janeiro/São Paulo) encontrou judeus influentes -Caramuru e João Ramalho - que o auxiliaram na colonização.
1532- D. João III cria capitanias hereditárias, dividindo o litoral entre Maranhão e Santa Catarina em 14 lotes, para 12 donatários explorá-los e colonizá-los. Como os portugueses cristãos preferiam a Índia, recorreu-se aos judeus, que foram fundamentais ao progresso das capitanias.
1549- Cripto-judeus de Portugal, devido à perseguição religiosa, vieram para o Brasil.
1570- Os judeus ainda praticavam abertamente sua religião.
1573- Os judeus começam a "camuflar" sua vida religiosa, devido a restrições à liberdade de fé.
1580- D. Henrique revigora o alvará que proibia os judeus de saírem de Portugal.
1629- Depois de algumas permissões e proibições, foi estabelecida, definitivamente, a lei de livre saída dos judeus do reino, por 250.000 cruzados.
1635-1644- Época em que os judeus desenvolveram um alto nível de vida social e cultural e diversificaram seus ramos ocupacionais. A concentração maior da comunidade judaica encontrava-se no Recife.
1642- Chega da Holanda o Rabino Isaac Aboab da Fonseca, que, além de continuar seus trabalhos literários, escreveu "Miimei lehuda", contando a vida cultural dos judeus brasileiros.
1645- A vida judaica no Brasil começa a entrar em declínio, devido à saída de Maurício de Nassau. A maioria dos judeus voltou para a Holanda, e alguns poucos se dispersaram pelo território brasileiro; 23 chegaram a Nova Amsterdã (hoje, Nova lorque), onde fundaram uma nova comunidade.
1654-1770- Anos difíceis para os judeus no Brasil, com o recrudescimento das perseguições da Inquisição.
1810- Oficialmente proibidas as atividades da Inquisição no Brasil. Os judeus remanescentes viviam no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Grupos sefaraditas se estabelecem no Norte do país.
1865- É publicado no Diário do Rio de Janeiro , a primeira notícia sobre um serviço religioso judaico: "Os israelitas presentes nesta Corte celebraram ontem num salão particular a primeira cerimônia de seu culto, o Kipur ou Dia do Grande Perdão".
Fonte: Museu Judaico do RJ
http://www.museujudaico.org.br/nucleo-linha.php#:~:text=1532%2D%20D.,fundamentais%20ao%20progresso%20das%20capitanias.